Dos eventos que nos surgem estão aqueles (muitos) que vêm para que (re)conquistemos a nossa liberdade.
Liberdade é algo paradoxo: porque advém sempre da destruição de um mundo antigo para o surgimento de uma nova realidade.
O caminho para a liberdade sempre exige enfrentamento: ato heroico para si. Para si. A liberdade é um inspirar-se de si mesma.
E por isso mesmo requer quebra, requer rompimento de estruturas e, muitas vezes, de relações que aprisionam.
A liberdade é também um abraçar a solitude: porque ninguém nunca saberá exatamente o que você passará para conquistá-la. O processo da liberdade é seu e de mais ninguém.
E mesmo que se encontrem abraços empáticos pelo caminho, só você sabe a dor de quebrar as estruturas antigas para, exausta e ferida, chegar ao outro lado do muro.
Mas aí vem o terreno fértil da liberdade: nela, você pode começar a descobrir a si mesma e a entender que tudo o que existia no mundo antigo, permanece lá e sobrevive sem você.
E que você que tirava pedaços de si para manter aquele mundo velho inteiro, agora pode começar a juntar seus pedaços e a se transformar em quem você sempre sonhou ser.
Ser de si é o maior presente que uma pessoa pode se dar.
Para que seus pés possam andar, para que seus olhos possam ver, para que seus sorrisos possam sorrir livres e amplos.
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