quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

VOCÊ É... (MARTHA MEDEIROS)





Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

VOCÊ E AS SUAS PESSOAS (LANA NÓBREGA)







A verdade é que a vida é uma seqüência de coisas.

Coisas atreladas a coisas. Um emaranhado de interligações que, no entremeio, nos envolve em uma série de elementos sobre os quais, muitas vezes, não temos controle.

Como fazer seus pais felizes? Eu digo, verdadeiramente felizes?
Bastaria você ser tudo o que eles gostariam que você fosse?
Bastaria você não ser como e quem você é?

Como fazer os seus filhos felizes? Verdadeiramente felizes?
Enquanto crianças, a paz lhes basta. Mas e quando jovens ou adultos? Como fazê-los verdadeiramente felizes?

E o seu amor? Você bastará para ela ou para ele? Para a felicidade dela ou dele? Você a(o) fará feliz? Verdadeiramente feliz?

E você? Você é feliz? Verdadeiramente feliz?

Nosso maior engano é achar que podemos suprir carências que não são nossas.

Que podemos encher a ‘caixa de desejo’ dos outros como se fôssemos capazes de preenchê-la somente com nós mesmos e com nossos sacrifícios e abnegações.

Como se fôssemos a razão de todas as dificuldades e sofrimentos das pessoas da nossa vida. Ou, mais infame ainda, como se fôssemos a razão por todos os seus sorrisos e prazeres.

E isso não é verdade.
Pode até ser que, no meio de relacionamentos que perderam em algum ponto o seu equilíbrio, isso seja ‘cobrado’. Pode até ser que essa responsabilidade seja colocada em seus ombros.

Pode até ser que te joguem no rosto há tanto tempo que é você a(o) responsável por esses sofrimentos e dores e infelicidades que você também já creia nisso.

É que esquecemos, entende?

Esquecemos que cada um de nós é responsável por preencher seus próprios vazios.


Esquecemos que cada um de nós é responsável por buscar suas próprias respostas.


Esquecemos que cada um de nós é tocado pela vida das nossas pessoas para que, então, busquemos nossos próprios entendimentos, nossas próprias aprendizagens, nossas próprias formas de crescer através das pessoas que nos são queridas.

Mas como disse François de La Rochefoucauld , “Estamos tão acostumados a nos disfarçar para os outros, que no fim acabamos nos disfarçando para nós mesmos.”

E viramos, todos nós, esses atores medíocres de uma grande peça também medíocre. Pais que renegam filhos porque eles não seguem o roteiro que queriam que seguissem. Filhos que se distanciam dos pais porque não conseguem achar formas de se encaixar no roteiro que eles têm como correto.

Existem várias formas de se dizer não à vida:

# Achar que a vida deve ser de um jeito apenas, porque senão não está correta.

# Pensar que temos que passar a vida inteira nos ‘santificando’ e renegando experiências que são terrenas (aonde acontece esta vida que nos foi dada mesmo?)

# Achar que não merecemos ser quem somos, que não merecemos escolher nossos próprios caminhos, achar que temos que dizer não ao que sentimos e ao que queremos

# Pensar que não podemos voltar atrás, que não podemos desfazer o que já foi feito, que não podemos recomeçar, que não podemos abrir mão de planos antigos para seguir um novo caminho

# Pensar que temos que nos agarrar com toda a força às crenças que nos foram ensinadas, sem nunca ousar passar por cima delas e ouvir o que o seu coração lhe diz (qualquer que seja o seu Deus, é em você que Ele mora e é com você que Ele fala)

# Crer que você tem que viver a sua vida pela regra do “não desapontar os outros”, sem nunca se tocar que desapontar a si mesma(o) é o maior de todos os pesos que uma pessoa pode carregar

# Imaginar que você tem o direito de exigir que as pessoas que você ama sigam o seu caminho e que você tem o direito de negar-lhes a liberdade de serem livres para serem quem quer que queiram ser; e, pior ainda, ameaçar essas pessoas que te amam, de perder o seu amor se lhe contrariarem

# Esquecer-se do que você quer, por lembrar-se constantemente do que o que os outros querem para você

# Colocar sobre as pessoas que você ama, vazios e frustrações que são, na realidade, seus

# Não ser capaz de enxergar todas as coisas e pessoas maravilhosas que você tem em sua vida, apenas porque elas não se encaixam perfeitamente no que você queria que se encaixassem

# Viver do que “poderia ser”, e não “do que é”.



As nossas pessoas são, verdadeiramente, grande parte da nossa felicidade.


Mas é preciso saber aonde um termina e aonde o outro começa.

É esse o maior e mais importante fundamento do respeito mútuo: é essa a cola que une as pessoas que se amam: é essa a essência do ser-se família.


Dizer sim à vida é, acima de tudo, dizer sim a você mesma(o).

AS TRÊS PENEIRAS (SÓCRATES)






Um homem, procurou um sábio e disse-lhe:

- Preciso contar-lhe algo sobre alguém!

Você não imagina o que me contaram a respeito de...

Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:

- Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?

- Peneiras?

Que peneiras?

- Sim.

A primeira é a da verdade.

Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?

- Não. Como posso saber?

O que sei foi o que me contaram!

- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira.

Vamos então para a segunda peneira: a bondade.

O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?

- Não! Absolutamente, não!

- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira.

Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade.

Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante?

Resolve alguma coisa?

Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?

- Não...

Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar. E o sábio sorrindo concluiu:

- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar.

Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos.

Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz!

Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque:

Pessoas sábias falam sobre idéias; Pessoas comuns falam sobre coisas; Pessoas medíocres falam sobre pessoas.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

CONFIANDO NO PRÓPRIO TACO (DIEDRA ROIZ)







As inseguras que me desculpem, mas autoconfiança é fundamental!

Quem nunca se arrependeu – uma única vez que seja – de não ter se posicionado, se manifestado ou opinado sobre algo? De não ter dito ou feito exatamente o que pensava, o que queria ou necessitava, só para não ficar de fora, ser aceita ou aprovada?

Há muito, muito tempo, estava eu tranquilamente sentada de maria-chiquinha na primeira fila da sala de aula, em plena aula de matemática, prestando atenção na correção do dever de casa.

“Tia” Márcia virou do quadro e perguntou para o menino ao meu lado o resultado de um dos problemas. Ele disse um número que não era, absolutamente, o que eu tinha encontrado.

- Quem achou o mesmo resultado? – a professorinha falou bem alto para a classe.

Olhei em volta e todos – sem exceção – estavam com as mãos levantadas.

Então, para meu desespero total, ela voltou a questionar:

- Alguém achou outra solução?

Imaginem a minha situação: oito aninhos, as pernas curtas penduradas porque sentada na cadeira os pés não tocavam o chão. A turma inteira concordando, em massa, com a mesma resposta.

Eu nem era boa em matemática…

Só podia estar errada, mas…

Por algum estranho, incompreensível impulso – ergui timidamente a mão.

Foi assim que tive a boa sorte de descobrir, logo no início da vida, que nem sempre a maioria tem razão.

Obviamente, nesses trinta anos que se passaram, houve vezes em que não ousei seguir na contramão. Que preferi calar, me omitir, fingir que estava de acordo.

Às vezes por medo, outras cansaço, e até mesmo por não acreditar mais em nada nem ninguém. Incluindo em mim mesma.

Aqueles momentos em que a gente para e pensa:

- Que adianta? Não vou mudar nada mesmo… Me aborrecer para quê?

A verdade é que…

Apesar de ser muito, mas muito difícil mesmo conseguir dizer:

- Não quero comprar batom!

Mais difícil ainda é manter essa crença.

Principalmente com o bombardeio afirmando o tempo todo que:


- Compre batom! Compre batom!

É o certo, o melhor, o único caminho que vale a pena.

Existe algo pior do que direcionar a sua vida pelo o que outras pessoas pensam, ao invés do que você quer realmente?

No entanto, às vezes fazemos. Para agradar, para nos encaixar, para não ter que carregar pendurada no pescoço a placa de:

- Eu sou diferente.

Já repararam que quando duas pessoas se encontram – seja amizade, trabalho, família ou num relacionamento amoroso – a tendência é aquela com o maior nível de segurança e certeza influenciar a outra?

E que deixar de crescer, de se posicionar e de se realizar, nada mais é do que o caminho mais rápido para dor, frustração, e sofrimento?

“Se você deliberadamente decidir ser menos do que pode ser, então eu o advirto que você será profundamente infeliz pelo resto de sua vida.” (Abraham Maslow)

Quem não confia em si, não se ama. E como alguém que não ama nem a si mesma vai poder amar um outro alguém? Mais ainda: se nem você se ama, como uma outra pessoa (tirando pai e mãe porque nesse caso amor incondicional não tá valendo) vai conseguir?

Cada pessoa possui, em sua essência, um potencial maravilhoso, fantástico, incandescente.

Ninguém é desprovido dessa capacidade de brotar, crescer e florescer. Cada uma tem um meio, e precisa buscar, encontrar e aprender a fazer brilhar o seu.

Confiar no próprio taco.

Acreditar em si mesma.

Auto confiança.

Segurança.

Claro que não é fácil. Existem momentos de sofrimento, perdas, danos, doenças, derrotas. Faz parte. A vida não pode ser sempre cor de rosa.

Aparentemente, esses momentos nos enfraquecem, nos deixam inseguras e medrosas, certo?

Errado!

É exatamente o contrário.

Para superá-los precisamos nos tornar maiores do que eles. E independente de quantas lágrimas vertemos, do quanto possamos nos sentir sozinhas, incapazes ou derrotadas, por pior que seja, é só um momento passageiro.

A derrota não consiste em cair, e sim em desistir, não prosseguir, nem se levantar.

A diferença entre obstáculo e benefício está em quem olha.

É como estar no mar e de repente vem aquela onda enorme. Não tem como fugir, pular nem evitar, e durante aqueles derradeiros segundos, com o coração parecendo que vai saltar do peito, a adrenalina acelerando tanto seu corpo que parece que o mundo está em câmera lenta, você tem duas formas de pensar:

Danou-se! Não tem jeito! Vou levar um mega caixote e me afogar!

Ou:

Vou furar essa coisa e sair do outro lado.

O ponto de vista, a postura, a forma de encarar é a única diferença entre surfar as ondas da vida e morrer na praia.

domingo, 1 de janeiro de 2012

NÃO ESTRAGUE O SEU DIA (CHICO XAVIER)



A sua irritação não solucionará problema algum.

As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.

Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.

O seu mau humor não modifica a vida.

A sua dor não impedirá que o Sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.

A sua tristeza não iluminará os caminhos.

O seu desânimo não edificará a ninguém.

As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.

As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.

Não estrague o seu dia.

Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.

Autor: André Luiz
Psicografia de Chico Xavier

VOAR CONTIGO (CRIS ANVAGO)





Quero voar contigo...

Mesmo que o sol não brilhe...

Sentir a liberdade e a paz...

Que sinto quando estou a teu lado...

Quero voar contigo...

Sem destino...

Sem ilusões...

Sem distâncias...

Quero voar contigo...

Amar-te suavemente...

Quero voar e namorar...

Contigo...

Desejar-te sempre...

E abraçar-te...

Um abraço...

Em que te sinto...

E me sentes...

Um beijo...

Em que me dou...

Voar contigo numa suave brisa...

Sentir a paixão crescer... .

O desejo fluir...

Ficar junto a ti...

E flutuar...

Voar...

Planar...

No céu do nosso amor...

A PESSOA CERTA? (LUIS FERNANDO VERÍSSIMO)



Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.

Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.

Porque a pessoa certa faz tudo certinho!

Chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.

Aí é a hora de procurar a pessoa errada.

A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor...

A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar que é pra na hora que vocês se encontrarem a entrega ser muito mais verdadeira.

A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.

Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.

Essa pessoa vai tirar seu sono.

Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão.

Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você.

Vai estar o tempo todo pensando em você.

A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, porque a vida não é certa.

Nada aqui é certo!

O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo,conseguindo...

E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo".

Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...

  LEI HERMÉTICA: HERMES TRIMEGISTUS Há millhares de anos, existiu um grande homem cuja imensa sabedoria transcedeu fronteiras. Esse homem ...