Venha caminhar conosco através das leituras de singelos textos que te aquecem a alma...
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
FRASES: O PEQUENO PRÍNCIPE (ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY)
Tu se tornas ETERNAMENTE responsável, por aquilo que cativas!
“Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio”.
“Talvez esse homem seja mesmo um tolo. No entanto, é menos tolo que o rei, que o vaidoso, que o empresário que o beberrão. Seu trabalho ao menos tem um sentido. Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, ou uma flor. Quando o apaga, porém, faz adormecer a estrela ou a flor. É um belo trabalho. E, sendo belo, tem sua utilidade”.
“É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas”.
"A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa. - Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!"
- Se alguém ama uma flor da qual só exista um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para fazê-lo feliz quando as contempla. ele pensa "Minha flor está lá, em algum lugar..." Mas se o carneiro come a flor, é, para ele, como se todas as estrelas se repentinamente se apagassem! E isto não tem importância?
“As estrelas são todas iluminadas... Será que elas brilham para que cada um possa encontrar a sua?”
“Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração... É preciso que haja um ritual”.
“Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...”
-Mais quando a gente fica vermelho, não é o mesmo que dizer "sim"? -O mais importante é invisível ... -As estrelas são todas iluminadas ... Não será para que cada um possa um dia encontrar a sua?
“– Adeus – disse a raposa. – Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”
Tu não és para mim senão uma pessoa inteiramente igual a cem mil outras pessoas. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...
“– À noite, tu olharás as estrelas. Aquela onde moro é muito pequena para que eu possa te mostrar. É melhor assim. Minha estrela será para ti qualquer uma das estrelas. Assim, gostaria de olhar todas elas... Serão todas suas amigas. E, também, eu lhe darei um presente...”
CRÔNICA: O HOMEM NU (FERNANDO SABINO)
Ao acordar, disse para a mulher: —
Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações.
Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém.
Deixa ele bater até cansar
— amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão.
Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito.
Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém.
Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir.
Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão.
Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu
— chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...
Desta vez, era o homem da televisão! Não era.
Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo...
Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder.
Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão. Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não!
— fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido...
Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar.
Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador.
Antes de mais nada: "Emergência: parar".
Muito bem. E agora? Iria subir ou descer?
Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir.
O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta!
— gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão.
Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora
— disse ele, confuso.
— Imagine que eu... A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta! Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era.
Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era:
Era o cobrador da televisão.
Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações.
Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém.
Deixa ele bater até cansar
— amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão.
Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito.
Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém.
Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir.
Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão.
Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu
— chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...
Desta vez, era o homem da televisão! Não era.
Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo...
Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder.
Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão. Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não!
— fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido...
Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar.
Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador.
Antes de mais nada: "Emergência: parar".
Muito bem. E agora? Iria subir ou descer?
Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir.
O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta!
— gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão.
Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora
— disse ele, confuso.
— Imagine que eu... A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta! Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era.
Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era:
Era o cobrador da televisão.
TEMPO (TANIA POLON)
O tempo corre em direção horizontal...
Limites não há que o tempo não atinja. Vivendo ou não em função do tempo, mas o tempo é implacável, ele passa, ele voa e quando percebemos já não o alcançamos, ele passou, o hoje virou passado e perdemos o nosso precioso tempo com coisas que não foram imprescindíveis para nós e para nosso crescimento...
É duro acordar um dia e ver que o tempo passou e nós ficamos estagnados, vimos as pessoas ao nosso redor caminharem a passos largos, rumo à concretização dos seus objetivos...
É duro perceber que não aprendemos muito e não nos transformamos em pessoas melhores para nós mesmas, melhores para outras pessoas...
É nesse despertar da estagnação que devemos olhar profundamente para dentro de nós e buscar caminhos que nos levem a caminhar a passos até curtos, mais firmes....
Que aprendamos a enxergar a nossa vida com alta dose de otimismo e imaginar que ela se assemelha a uma escadaria, e possamos subir um degrau por dia, e que esse degrau seja sólido, concreto equilibrado...
Subir um degrau por dia... É você dar o melhor de si mesma...
É você fazer as coisas que lhes são importantes e que lhes dá prazer...
É você ser a protagonista da sua própria vida... Não aceitando nenhuma assertiva negativa de quem quer que seja, não permitindo que as pessoas invadam a sua vontade maior que é a de ser feliz e proporcionar as pessoas que ama toda felicidade que o cosmo permitir...
O tempo que se adiantou antes, correrá a nosso favor quando tomarmos as rédeas da nossa vida, por estarmos produzindo momentos de contentamento pelo dever realizado para conosco e por estarmos construindo coisas novas para nós e para as pessoas...
ESPERANÇA (SUSANA CARREIRA DA SILVA)
Até que a mente me conserve lúcida.
Hei-de cultivar o amor.
Na mochila trago a esperança.
E também um livro de poemas.
Onde são concretizados a paz, o amor e a justiça.
Que é esse o grande sonho da humanidade.
Colorindo assim cada novo dia.
Tentando semear alegria.
Trago Também na mochila a memória.
A memória do que já vivi e do que aprendi.
Caminhando pelos caminhos da vida.
Encontrando-me em encruzilhadas.
Sem nunca esqueçer a esperança.
Já encontrei a tristeza e com ela aprendi.
Que a felicidade é a aceitação.
A aceitação do que vivi e de quem conheci.
Trago sempre a esperança comigo.
Para que nessas encruzilhadas me encontre.
E encontre o caminho de volta.
Neste livro de poemas reconheci o amor.
Este amor que me faz sentir.
E com este amor sinto a humanidade.
Reconheci também a injustiça.
Da qual aprendi que há justiça.
A justiça de viver e aprender.
A justiça de amar.
A justiça de Ser.
E assim vou continuar a palmear por este mundo.
Com a minha mochila recheada com humanidade.
E continuar a semear o melhor de mim.
E espalhar assim em formas coloridas.
O amor e a alegria.
OS SEUS INCÔMODOS E SUAS TRANSFORMAÇÕES (HELENA PAIX)
É que todas as transformações nascem de um incômodo.
Lhe incomoda ser só: surge a necessidade do outro.
Lhe incomoda a distância: surge o diálogo.
Lhe incomoda a dor: surge o perdão. Lhe incomoda o peso: surge a liberdade.
A transformação-de-si nasce, então, do incômodo mais importante que há: o incômodo de não estar vivendo tudo o que você pode viver; de não estar sentindo tudo o que você pode sentir; de não estar sendo tudo o que você pode ser.
Entenda: para ser você mesma(o), você deve ser revolucionária(o). A revolução deve acontecer justamente em e com você: e essa revolução nasce do incômodo e o incômodo nasce da revolução. A revolução transformadora e criadora de essências.
Essas coisas todas, as coisas práticas da vida, elas são ocupação: há quem passe a vida se ocupando.
Mas para que você realmente aconteça, para que você realmente proclame a si mesma(o) como sendo quem verdadeiramente você é, é preciso o que chamo de incômodo-origem.
O incômodo-origem é um despertar: é um entender que você talvez jamais venha a ser quem querem que você seja.
É um perceber que a libertação depende quase que exclusivamente da construção de um escudo-dor que lhe protege das expectativas dos outros e faz com que você se foque nas SUAS expectativas. Entenda: amar é um troço perigoso.
Porque como amar é essência, as outras coisas se disfarçam de amor e influenciam nossas tristezas, pesos e destinos. A gente pensa que amar é não deixar que nossas ações toquem o outro: e aí, por medo de machucar os filhos ou a família, pais que não se amam mais passam a vida inteira infelizes.
A gente pensa que amar é não gerar incômodo: e aí a gente esconde quem nós somos e o que queremos e passamos a vida vivendo pelas regras dos outros para que eles continuem em suas zonas de conforto, para que eles continuem a viver como pensam ser o certo e o bom.
A gente acha que amar é não ferir: e aí a gente não enfrenta, a gente não fala, a gente não traz à tona aquele vazio, aquele não-quero-mais. E aí o mais cruel e perigoso acontece: a gente não escuta os nossos incômodos. E a aí a gente se perde se si mesma(o) e passa a vida existindo, e não vivendo.
Há que haver uma quebra. Há que surgir um entendimento extra-humano: o de que a SUA vida é um presente que foi dado a VOCÊ. Não aos seus pais, não à sua companheira(o), não à sua família. Eles são convidados Vips de sua existência. Mas a vida é sua. Assim como devem ser os seus incômodos.
Quando o incômodo é ouvido, uma revolução acontece: você entende que não conseguirá jamais agradar a todos. Você percebe que não tem dado certo viver pelo que os outros querem de você. Essa revolução assusta: porque para que você busque realizar as suas expectativas, será necessário que você abandone as expectativas dos outros.
Será necessário que você se convença que a dor dos outros não é um fardo seu. Será preciso um entendimento sério demais: que você se conscientize que cada um precisa lidar com suas próprias dores e decepções.
E não é uma questão de ser egoísta (embora muitos vejam assim): é uma questão de celebrar com todo respeito e dignidade a vida que lhe foi dada. E não é uma questão de não amar os outros (embora assim possam interpretar): é uma questão de dar-lhes a oportunidade de conhecer você em toda a sua completude e essência.
E não é uma questão de não se importar com os que os seus queridos querem ou pensam (embora tentem lhe atribuir essa culpa): é uma questão de não deixar que você se torne refém do medo, da insegurança e da carência dos seus queridos.
Cada um de nós precisa ter a sua história: mas a sua história só faz sentido se for escrita por você mesma(o).
Escutar seus incômodos é uma ação difícil, mas a transformação que acontece em você, a revolução que acontece em você, resvala nas outras pessoas: ao ponto de muitas delas aprenderem a escutar os seus próprios incômodos.
Essa é uma fonte infinita de abraços: a percepção de que somos unidos não por agradar uns aos outros, mas por todos estarmos aqui para crescer juntos.
TUDO PASSA (CHICO XAVIER)
Tudo passa...
Todas as coisas na Terra passam:
Os dias de dificuldade passarão...
Passarão, também, os dias de amargura e solidão.
As dores e as lágrimas passarão.
As frustrações que nos fazem chorar...
Um dia passarão:
A saudade do ser querido que está longe, passará.
Os dias de tristeza...
Dias de felicidade...
São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas.
Se, hoje, para nós, é um desses dias, repleto de amargura, paremos um instante.
Elevemos o pensamento ao Alto e busquemos a voz suave da Mãe amorosa, a nos dizer carinhosamente: 'isto também passará' E guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre, semelhante a enorme embarcação que, às vezes, parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas.
Mas isso também passará porque Jesus está no leme dessa Nau e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da Humanidade e que um dia também passará.
Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro porque essa é a sua destinação.
Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento e confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo, também passará.
Tudo passa...
Exceto Deus...
Deus é o suficiente!
CONFIE SEMPRE (CHICO XAVIER)
Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda Que Os Teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima De ti mesmo.
Crê e trabalha.
Esforça-te no bem e espera Com paciência.
Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá.
De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança Em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação Da fé e prosseguir vivendo.
Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve.
Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite.
Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte.
Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.
UM DIA (MÁRIO QUINTANA)
...
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é:
Ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida...
Ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é:
Ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida...
Ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
domingo, 13 de novembro de 2011
CRÔNICA DO PÔR DO SOL (KIKA MENDONÇA)
Conheço a família Madeira. Boa gente, que mora em Tatuapé e conhece a maioria das transformações porque passa aquele bairro. Seu Jose o patriarca, me falou do tempo em que ele foi morar na rua Fernandes Pinheiro. – Era tudo várzea, a gente andava na rua atolando os pés até metade da canela. Ninguém queria morar naquela rua. Bem próximo tem o parque do Piqueri. Fiquei sabendo que era da tradicional família Matarazzo. Assim, outras histórias foram contadas – o crescimento e a sofisticação do jardim Anália Franco, o movimento Pilequinho, Bar dos embalos de sábado à noite, o popular Shopping Tatuapé, que se tornou ponto de encontro de gente de todas as idades, sem esquecer, é claro, da igreja Nossa Senhora da Conceição, na Praça Silvio Romero, o famoso republicano. É nesse cenário que a morte perde a mistificação. Para essa família a morte não é o fim, como também não é o começo de nada. Parece uma relação perfeita de alternância de exaltação e subordinação. Quando a morte leva alguém ela está em estado de exaltação, de mando. Quando alguém escapa de suas garras, é porque ela está em estado de subordinação, de obediência. Deus é o maioral que permite essa alternância da morte, como borboleta no casulo. Eles assim acreditam. A família Madeira é parte presente no velório e no enterro da maioria das pessoas conhecidas que morrem no pedaço. Seja carregado pelos anos, seja saindo das fraldas, não importa, lá estão velando. Velam João, Francisco, Antônia. Enterrou Maria, Teresa, Sebastiana. Sabe quem morreu? Tiãzinho. Quem e esse cara? Aquele que vendia fruta na praça, a mulher dele morreu, ele vendeu a banca, foi para Minas e depois foi morar com o cunhado. De quê foi? Disseram que bebia muito, com desgosto, não tinha família, nem criava cachorro, a solidão foi sua prima amiga. Deus o tenha. Você vai ao velório? Vou. Até que horas você vai ficar lá? Até meu corpo não cansar. No enterro lá estão – José, Olímpia, Glorinha, Zezinho, Flor, Reginaldo, Beto e Peludinha, a gatinha de olhos azuis, enfim, toda a família, para colocar um punhado de areia no caixão e rezar baixinho: Deus te reserve um lugar bem legalzinho, caro Tiãozinho, que esse pôr do sol seja lindo como no Sertão, porque pobre tem pouca terra, sete palmos abaixo do chão, Morte e vida Severina é a coisa mais certa, tudo que pobre tem é um pôr do sol ou a cova fria para amargar a solidão. Deus me perdoe.
Legenda: Tatuapé – Bairro da Zona Leste de São Paulo – capital.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
O SER HUMANO LIVRE??? (TANIA POLON)
Como é bom você sentar em frente ao mar e imaginar o infinito que se esconde atrás das suaves ondas...
Adoro o mar, mas adoro o mar para poder observar o que está escondido no recôndito das suas ondas...
A intensidade que a profundeza do mar nos remete, revela-nos a distância que segue seu rumo, ora tranquilo, ora revolto...
Quando percorremos seus passos, nos deparamos com águas que invadem nossa vida, levando-nos a atingir a calmaria ou o tormento...
O mar é tão profundo quanto à sutileza das nuvens, como a alvorecer da relva, como o balanço das nuvens tentando imitar uma infinidade de gravuras para nos enaltecer a alma...
A natureza pinta gravuras em nosso coração e a nossa alma vibra pelas sensações de equilíbrio que a arte se torna presente e desenha formas de paz e de amor...
E em nossa mente, imagens se formam de esperança e de contentamento, quando nos despojamos de todas as coisas que nos deixam fora de órbita, atingimos o ponto de equilíbrio entre a Natureza calma e o Ser Humano sereno...
Um Ser Humano livre das amarras e dos conceitos e opiniões alheias...
Um Ser pensante, íntegro as suas vontades e atento as suas maiores necessidades que é a de sentir-se liberto das amarras e emaranhados dos pensamentos que norteiam o mundo...
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
O MAIS BELO POEMA (CRIS ANVAGO)
Gostava de ser..
O mais belo poema..
Gostava que o lesses nos meus olhos...
Que o sentisses...
Que nos teus lábios nascesse um sorriso...
Ao pensar em mim...
Gostava de estar na tua cabeceira...
Ver-te dormir...
Como se fosse...
O teu livro de poemas..
Gostava que lesses...
O que não está escrito...
O que sinto e penso...
Ao pensar-te...
E ao sentir-te...
Gostava...
terça-feira, 8 de novembro de 2011
O QUE É MAIS IMPORTANTE PARA NÓS??? (TANIA POLON)
As pessoas deveriam super valorizar o lado humano delas e negligenciar um pouco mais o lado materialista para que houvesse um equilíbrio e fossem mais felizes....
Super valorizar o material não as deixa plenamente felizes por que falta algo imprescindível para o ser humano que é a troca do amor entre eles...
Quantas pessoas passam suas vidas inteiras lutando para adquirir bens materiais para que sejam felizes, muitas vezes estão rodeadas de "tantos amigos" e se sentem sozinhas, numa solidão tão grande, muitas até perdem o prazer de viver, e se perguntam, por que ela têm tanto e se sentem sozinhas e abandonadas???
O AMOR não precisa ser economizado, precisa ser compartilhado com todos para que possamos ser mais felizes...
Quando amamos o próximo, a maior beneficiada será você mesma, por que atrairá uma felicidade muito grande para o seu coração. Ser feliz é questão de vontade interior, ser feliz deve ser seu maior objetivo, ser feliz é questão de escolha...
Eu decidi ser Feliz, e você???
Quando falo de Amor, falo de um sentimento nobre de Seres Humanos para Seres Humanos, falo em amar a si mesma, amar incondicionalmente sem medir espaços, fronteiras, esforços, amar pelo prazer que o amor faz em nossas vidas, amar a todos pelo simples e pura vontade de amar...
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
HÁ MOMENTOS (CLARICE LISPECTOR)
Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
domingo, 2 de outubro de 2011
O AMOR (ASTRIDY GURGEL)
Se pudesse resolver metade do que penso serem problemas em minha vida, provavelmente seria muito mais feliz.
Se pudesse pensar menos que tenho problemas, eles teriam cinqüenta por cento a menos do penso que eles tem.
Querem saber?
Não importa nada disto como não deveria importar dor nenhuma que a gente sinta decorrente do amor.
O Amor é apenas a bola que fica no campo ou que fica sobrevoando o campo.
Sim, o amor não vale nada para muitas pessoas, por isto o jogam de cá, pra lá!
Não sou dona de verdades amorosas e certamente meu passado não fala nada além da trilha melosa que ficou dos amores que supostamente tive.
Este passado de amor hoje tem apenas poeiras e teias de aranhas para poder estampá-lo na soleira da minha memória.
Querem condenar o passado e as vivências de uma mulher?
Como?
Por que e com que direito?
Quem criou este mundo não foi Deus?
Tenho na mente lembranças que levo por não esquecer.
Tenho no coração um amor que não sai de dentro de mim.
Tenho minha história que prova a vida digna que vivi.
Tenho no ouvido o som do amor que me acalenta todos os dias.
Sou sonho de dia, sou sonho muitos instantes, sou sonho infinitamente.
Meu corpo vive a arder pelo seu enquanto tento sentir o que arde em você.
O relógio badala martirizando momentos, e então, intensa de tempo sinto que nos perdemos.
Nossas diferenças, nossos desencontros...
Almoço, enquanto você lancha.
Acordo quando você já trabalha há horas.
Simmmmmm, o badalar do relógio é nosso pior inimigo, pois não nos espera nem nos acompanha.
O amor está do outro lado do oceano.
Aqui fico a ver o som das cantigas que vem de lá.
Cantigas lindas que embalam e enlevam enternecendo o coração.
"Dá-me um abraço"
"Chuva"
"Sodade"
"Canção do mar"
Parecem lembranças das músicas que você já ouviu a pensar em mim.
Que importância tem o meu sentir?
O que faz de mim a amada que um dia morou em ti?
Oh amor é o mais cruel dos sentimentos!
O amor é uma dor que não tem sentido,
Não tem cura,
Não tem amigos,
Não tem conjecturas,
Não tem atalhos e não nem paragens.
Ele vem e açoita dia e noite.
É muito pior que temporal nas trincheiras de soldados enfileirados fugindo das balas dos inimigos.
O amor é cruel como o vento que faz esvoaçar os cabelos das moças que passam nas ruas.
O amor é um triste choro que consome o coração desolado da mulher que espera suspirando na janela.
O amor é sim essas tristezas todas, como é o renovar nos corações que quedam agonizando a perda de uma esperança.
O vento, a amada, o coração, a esperança, a força de tudo isto unirá muitos corações por
este mundo a fora.
Rasgo todos os sentidos para dar um pouco de amor para a moça que amo...
O amor nunca será nada mais e nem nada menos.
O amor nunca será uma perda de tempo e muito menos uma chaga que não fecha.
O amor é mais intenso que aquele mar revolto.
É mais intenso que aquelas ondas de mais de seis metros do Havaí.
O amor é mais intenso do que a falta de fé.
O amor é o rio que corre do seu corpo para o meu corpo.
O amor é mais que o prazer, é mais que eu e que você.
O amor é tudo que cada ser humano quer e conquista por merecimento próprio.
O amor é para todas e para todos.
O amor é a dávida da vida.
Aqui, dá minha tela do computador zelo para que o amor renasça neste mundo a cada novo minuto.
Dentro do meu coração e dos corações de vocês!
PAZ (LUISA)
Uma das grandes sensações que alguém pode experimentar nesta vida é a de paz, vocês não concordam?
Paz consigo mesma, com o mundo e com as pessoas que fazem parte da sua vida. A sensação de paz, ao contrário do que muita gente imagina, não é uma sensação morna, neutra ou de que nada acontece. Ao contrário, as coisas acontecem, mas elas andam no ritmo certo. Não tem nenhum Deus-nos-acuda, o mundo não vai acabar amanhã e, se for, não há nada que alguém possa fazer.
Paz é uma sensação de que (como alguém já disse antes) a direção é mais importante que a velocidade – e uma ligeira desconfiança de que a direção está certa.
Paz é quando o mundo não precisa parar para você descer, pois você pode descer a qualquer momento e tem total controle da situação.
Paz é ter a cabeça vazia diante de uma estrada que não tem fim.
Paz é colocar sua cabeça no travesseiro à noite e dormir com a certeza de que você não enganou ninguém, não mentiu para conseguir nenhuma vantagem ou usou de alguma forma ilícita para conquistar alguma coisa ou alguém. Você tem a nítida sensação do que é paz quando você não busca a felicidade em cada coisa que faz ou em cada lugar que vai.
Paz é quando você está na hora certa e no lugar certo simplesmente porque você acha que aquela hora e aquele lugar são certos para você estar.
Paz é querer aquela pessoa que também te quer e, se um dia uma das partes não quiser mais, tudo bem. Você também vai estar em paz, pois não precisa de outra pessoa para viver.
Paz é estar feliz com sua própria companhia.
Paz é uma sensação interna de que sua busca não acabou, mas que ela não acaba quando você encontra.
Paz é não ter saudade do passado, ou ter, mas viver em harmonia com ele. É não esperar pelo futuro como se ele existisse porque, na verdade, o futuro acaba no exato momento que começa.
Paz é a sensação de que tudo vai dar certo e, se não der, você terá outra chance. Paz é acordar na beira do mar e não ter nada para fazer. Ou ter Paz é uma ave livre abrindo as asas no seu ombro.
Paz é uma sensação do dever cumprido, de uma obra entregue no prazo, de fazer meu melhor.
Paz é o final de um espetáculo de teatro depois que as cortinas se fecham.
Paz é uma sensação para poucos, mas aqueles que a experimentam não trocam por nenhuma outra sensação do mundo que possa se acabar num piscar de olhos. Se eu pudesse dar uma fórmula mágica da paz em um texto, eu daria, mas, por enquanto, só posso descrever um pouco do que estou conhecendo. Que não é quente, não é frio e muito menos morno. É leve, é novo, é seguro. A sensação de paz é um sentimento tão nobre quanto o amor, só que mais apurado.
A Paz é sublime.
sábado, 17 de setembro de 2011
MULHER (AUTOR DESCONHECIDO)
Ser mulher...
É viver mil vezes em apenas uma vida.
É lutar por causas perdidas e
sempre sair vencedora.
É estar antes do ontem e depois do amanhã.
É desconhecer a palavra recompensa
apesar dos seus atos.
Ser mulher...
É caminhar na dúvida cheia de certezas.
É correr atrás das nuvens num dia de sol.
É alcançar o sol num dia de chuva.
Ser mulher...
É chorar de alegria e muitas vezes
sorrir com tristeza.
É acreditar quando ninguém mais acredita.
É cancelar sonhos em prol de terceiros.
É esperar quando ninguém mais espera.
Ser mulher...
É identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa.
É ser enganada, e sempre dar mais uma chance.
É cair no fundo do poço, e emergir sem ajuda.
Ser mulher...
É estar em mil lugares de uma só vez.
É fazer mil papeis ao mesmo tempo.
É ser forte e fingir que é frágil...
Pra ter um carinho.
Ser mulher...
É se perder em palavras e
depois perceber que se encontrou nelas.
É distribuir emoções
que nem sempre são captadas.
Ser mulher...
É comprar, emprestar, alugar,
vender sentimentos, mas jamais dever.
É construir castelos na areia,
ve-los desmoronados pelas águas.
E ainda assim amá-los.
Ser mulher...
É saber dar o perdão...
É tentar recuperar o irrecuperável.
É entender o que ninguém mais conseguiu desvendar.
Ser mulher...
É estender a mão a quem ainda não pediu.
É doar o que ainda não foi solicitado.
Ser mulher...
É não ter vergonha de chorar por amor.
É saber a hora certa do fim.
É esperar sempre por um recomeço.
Ser mulher...
É ter a arrogância de viver
apesar dos dissabores,
das desilusões, das traições e
das decepções.
Ser mulher...
É ser mãe dos seus filhos...
Dos filhos de outros.
É amá-los igualmente.
Ser mulher...
É ter confiança no amanhã e
aceitação pelo ontem.
É desbravar caminhos difíceis
em instantes inoportunos.
E fincar a bandeira da conquista.
Ser mulher...
É entender as fases da lua
por ter suas próprias fases.
O GONDOLEIRO DO AMOR (CASTRO ALVES)
Teus olhos são negros, negros,
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar;
Sobre o barco dos amores,
Da vida boiando à flor,
Douram teus olhos a fronte
do Gondoleiro do amor.
Tua voz é a cavatina
Dos palácios de Sorrento,
Quando a praia beija a vaga,
Quando a vaga beija o vento;
E como em noites de Itália,
Ama um canto o pescador,
Bebe a harmonia em teus cantos
O Gondoleiro do amor.
Teu sorriso é uma aurora,
Que o horizonte enrubesceu,
-Rosa aberta com o biquinho
Das aves rubras do céu.
Nas tempestades da vida
Das rajadas no furor,
Foi-se a noite, tem auroras
O Gondoleiro do amor.
Teu seio é vaga dourada
Ao tíbio clarão da lua,
Que, ao murmúrio das volúpias,
Arqueja, palpita nua;
Como é doce, em pensamento,
Do teu colo no languor
Vogar, naufragar, perder-se
O Gondoleiro do amor!?...
Teu amor na treva é - um astro,
No silêncio uma canção,
É brisa - nas calmarias,
É abrigo - no tufão;
Por isso eu te amo querida,
Quer no prazer, quer na dor...
Rosa! Canto! Sombra! Estrela!
Do Gondoleiro do amor.
segunda-feira, 21 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
quinta-feira, 3 de março de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
FÁCIL E DIFÍCIL (CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)
Um poema de Drummond para refletirmos e reverenciarmos a vida…
Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer “oi” ou “como vai?”
Difícil é dizer “adeus”. Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas…
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho…
sábado, 15 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
ONDE VOCÊ COLOCA O SAL? (DIEDRA ROIZ)
O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! - disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? - perguntou o Mestre.
- Não... - disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda.
Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras:
É deixar de ser copo para tornar-se um lago.
ESSES CAMINHOS POR ONDE ANDAM NOSSOS PÉS: INSPIRAÇÃO (LANA NÓBREGA)
Lembra de quando você era pequena e era tão, tão fácil algo te interessar?
Algo te entreter por horas e horas seguidas?
Às vezes tenho a impressão de que vamos deixando “pedacinhos de nós mesmas” ao longo do caminho, ao longo do crescer.
Achamos que para aprendermos todas as coisas novas que precisamos aprender, temos que também desaprender as coisas que já tínhamos aprendido.
E aí desaprendemos a nos entreter.
Desaprendemos a nos interessar.
Desaprendemos a acreditar.
Desaprendemos a nos inspirar...
Desaprendemos a seguir aquele impulso, aquela vontade, aquelas pequenas coisas que foram, durante tanto tempo, responsáveis por muitos dos sorrisos mais puros que tivemos em nosso crescer.
É como se fôssemos nos permitindo a perder a ternura que antes tínhamos.
E a ternura, veja bem, é um tipo de óculos colorido: ela te permite ver o além das coisas.
A dor, olha que mágico, se fantasia de um vilão passageiro que logo, logo, irá embora.
O caos, ora, o caos é apenas a casa em dia de arrumação.
O tempo passará e ela estará muito mais bem organizada do que o que era antes.
A angústia é nada mais do que aquela vontade que o sonho bom comece logo.
É aquele momento de cansaço, logo antes de você dizer adeus ao ontem e dar boas vindas ao amanhã.
A indecisão é a dúvida entre o ‘sim’ e o ‘não’.
É mensagem de você para você mesma: é o coração dizendo que você não está pronta para essa decisão.
O futuro, veja bem, é o hoje já grandinho, já crescido.
O futuro é a construção do hoje: é a conseqüência do agora.
E aí, nesse ponto, fica a importância dos caminhos dos teus pés.
Eles guardam segundos mágicos que te fazem ansiosa pelo próximo minuto?
Eles guardam os sonhos mais lindos de um amanhã mais colorido que o hoje?
Estão cheios de aventuras e desafios que te levarão a novos caminhos e a novos planos?
Sabe, a gente nunca chega a ficar ‘gente grande’.
Se somos espertas, se sabemos o que é bom, a gente se intitula “uma eterna criança aprendiz” e ponto.
Porque nunca estaremos prontas.
Seremos sempre algo inacabado.
Isso é fácil de ser entendido: vivemos "em processo de".
Vivemos das várias versões de nós mesmas (que vêm junto com o tempo).
Mas não, não podemos abrir mão de certas partes de nós mesmas.
Não podemos esquecer as coisas bobas e pequenas porque são elas que trazem, numa lembrança de repente, um sorriso ao nosso rosto.
Não podemos não saber o que nos traz inspiração.
O que nos faz olhar o mundo com a maior de todas as sobriedades: o entendimento de que o hoje, ruim ou bom, passa.
E o amanhã chega.
Trazendo coisas novas e coisas velhas dentro de si.
Sim, largamos coisas pelo caminho.
Mas que sejam as coisas ruins que sejam largadas.
Que deixemos para trás aquele coração partido, aquele amor não correspondido, aquelas palavras que feriram tanto, aquele abandono que tanto machucou.
Que deixemos pelo meio do caminho não as pessoas que não conseguiram ser o que precisávamos que elas fossem, mas a lembrança sempre doída desse ato delas.
A verdade é que somos, todos nós, crianças.
Estamos, todos nós, ainda aprendendo.
Uns aprendem mais e mais rápido.
Outros aprendem menos e mais devagar.
Mas a lição que deve ser sempre estudada é uma e uma apenas: o que te faz sorrir?
Deve ser o teu sorriso que deve guiar os teus passos, as tuas escolhas.
Lembre-se: a vida é curta.
E viver é muito perigoso: perder-se é mais fácil que achar-se.
E se não tivermos cuidado, acabamos por viver uma vida que não é nossa.
Acabamos por adicionar anos, ao invés de adicionar tempo vivido.
A vida é assim: um passo, outro passo, outro passo, outro passo...
E isso é bom: senão você acordaria um dia e cinco, dez anos da tua vida teriam passado.
Mas, ao mesmo tempo, isso é muito perigoso: cada passo teu arruma um pouco o teu amanhã.
E aí está a moral da história: a vida, querida, é construída.
Tijolo por tijolo.
Passo por passo.
Escolha por escolha.
Então, presta atenção, está bem?
O que te traz inspiração?
Segue isso.
Escuta isso.
Agarra isso.
O teu amanhã é decidido hoje.
Por isso é que viver é muito perigoso.
domingo, 9 de janeiro de 2011
POEMA DA GRATIDÃO (DIVALDO FRANCO / AMÉLIA RODRIGUES)
Senhor Jesus, muito obrigado! Pelo ar que nos dás, pelo pão que nos deste, pela roupa que nos veste, pela alegria que possuímos, por tudo de que nos nutrimos. Muito obrigado, pela beleza da paisagem, pelas aves que voam no céu de anil, pelas Tuas dádivas mil!
Muito obrigado, Senhor! Pelos olhos que temos... Olhos que vêem o céu, que vêem a terra e o mar, que contemplam toda beleza! Olhos que se iluminam de amor, ante o majestoso festival de cor da generosa Natureza! E os que perderam a visão? Deixa-me rogar por eles, ao Teu nobre coração! Eu sei que depois desta vida, além da morte, voltarão a ver com alegria incontida...
Muito obrigado pelos ouvidos meus, pelos ouvidos que me foram dados por Deus. Obrigado, Senhor, porque posso escutar o Teu nome sublime, e, assim, posso amar. Obrigado pelos ouvidos que registram: a sinfonia da vida, no trabalho, na dor, na lida... O gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro, as lágrimas doridas do mundo inteiro e a voz longínqua do cancioneiro. . .
E os que perderam a faculdade de escutar? Deixa-me por eles rogar... Eu sei que no Teu Reino voltarão a sonhar. Obrigado Senhor pela minha voz. Mas também pela voz que ama, pela voz que canta, pela voz que ajuda, pela voz que socorre, pela voz que ensina, pela voz que ilumina... E pela voz que fala de amor, Obrigado, Senhor!
Recordo-me, sofrendo, daqueles que perderam o dom de falar e o teu nome sequer podem pronunciar! ... Os que vivem atormentados na afasia e não podem cantar nem à noite, nem ao dia... Eu suplico por eles sabendo que mais tarde, no Teu Reino, voltarão a falar. Obrigada, Senhor, por estas mãos, que são minhas, alavancas da ação, do progresso, da redenção.
Agradeço pelas mãos que acenam adeuses, pelas mãos que fazem ternura, e que socorrem na amargura; pelas mãos que acarinham, pelas mãos que elaboram as leis e pelas que as feridas cicatrizam retificando as carnes partidas, a fim de diminuírem as dores de muitas vidas! Pelas mãos que trabalham o solo, que amparam o sofrimento e estancam lágrimas, pelas mãos que ajudam os que sofrem, os que padecem...
Pelas mãos que brilham nestes traços, como estrelas sublimes fulgindo nos meus braços! . . . E pelos pés que me levam a caminhar, ereto, firme a marchar, pés da renúncia que seguem humildes e nobres sem reclamar. E os que estão amputados, os aleijados, os feridos e os deformados, os que estão retidos na expiação por crimes praticados noutra encarnação...
Eu rogo por eles e posso afirmar que no Teu Reino, após a lida desta dolorosa vida, poderão bailar e em transportes sublimes com os seus braços também afagar. Sei que lá tudo é possível quando Tu queres ofertar, mesmo que na Terra pareça incrível! Obrigada, Senhor, pelo meu lar, o recanto de paz ou escola de amor, a mansão de glória ou pequenino quartinho, o palácio ou tapera, o tugúrio ou a casa de miséria!
Obrigada, Senhor, pelo amor que tenho e pelo lar que é meu... Mas, se eu sequer nem o lar tiver ou teto amigo para me abrigar nem outra coisa para me confortar, se eu não possuir nada, senão as estradas, e as estrelas do céu como sendo o leito de repouso e o suave lençol, e ao meu lado ninguém existir, vivendo e chorando sozinho, ao léu...
Sem um alguém para me consolar direi, cantarei, ainda: Obrigada, Senhor, porque Te amo e sei que me amas, porque me deste a vida jovial, alegre, por Teu amor favorecida... Obrigada, Senhor, porque nasci! Obrigada, porque creio em Ti! ... E porque me socorres com amor, hoje e sempre, Obrigada, Senhor!
A MORTE DEVAGAR (MARTHA MEDEIROS)
Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante.
Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
O TEMPO (MARIO QUINTANA)
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
VERSO-TE (BTSE)
Verso- te mulher!
Fonte de vida.
Ser de luz.
Verso-te mulher!
Estrela de cinema.
Musa da canção.
Inspiração.
Palavra amor.
Verso-te mulher!
Cantada.
Versada.
Amada.
Verso-te mulher!
Que embala o berço.
Sorri com seu filho,
Ama infinitamente.
Verso-te mulher!
Signo esperança,
Raio de luz,
Soneto amor.
Verso-te mulher!
Em papel cor pele,
Composição metrificada
Poetizada com a emoção.
Poetizo-te mulher!
Um verso sem regras
Branco ou preto,
Uma composição de amor.
Poetizo-te mulher!
Em palavras ritmadas
Livres ou soltas,
Um poema de amor
Poetizo-te mulher!
Do amanhecer,
A mais linda madrugada,
A conjugação perfeita
Do verbo amar.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
REVOLUÇÃO DA ALMA (ARISTÓTELES)
Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.
Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida.
Quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você.
Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.
Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos: abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente.
Pare de pensar mal de você mesmo(a), e seja seu melhor amigo(a) sempre.
Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo que está "pronto“ para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda. Critique menos, trabalhe mais.
E não se esqueça nunca de agradecer. Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento (...)
Nossa compreensão do universo ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida. A grandeza (da vida) não consiste em receber honras, mas em merecê-las.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
NOVE FRASES PARA REFLETIR
1: Deus não escolhe pessoas capacitadas, Ele capacita os escolhidos.
2: Um com Deus é maioria.
3: Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvir a Deus.
4: Nada está fora do alcance da oração, exceto o que está fora da vontade de Deus.
5: O mais importante não é encontrar a pessoa certa, e sim ser a pessoa certa.
6: Moisés gastou:
40 anos pensando que era alguém;
40 anos aprendendo que não era ninguém;
40 anos descobrindo o que Deus pode fazer com um NINGUÉM.
7: A fé ri das impossibilidades.
8: Não confunda a vontade de DEUS, com a permissão de DEUS.
9: Não diga a DEUS que você tem um grande problema. Mas diga ao problema que você tem um grande DEUS.
sábado, 16 de outubro de 2010
PROFESSORES (TÂNIA POLON)
Dia 15 de outubro foi o dia do PROFESSOR e podemos todos nós nos sentir privilegiados por esse grande dia.
A missão do professor é mais ampla do que pensamos... Ele nos ensina a enxergar o mundo vislumbrando um futuro de sucessos... Ele nos inspira a fazer o que é certo em direção a nossa felicidade, ele nos ensina a acreditar em nosso potencial...
Professores de cidades grandes, de cidades médias, de cidades pequenas, da zona rural. Quanta dedicação externada por tanto amor ao próximo, amor pelo entendimento, amor pelo dever cumprido.
Quantos não são os professores que trabalham nos três turnos para que possam sobreviver? Ser professor de qualquer eixo é ser um super herói... Precisam muitas vezes recorrer à própria criatividade para que possam interagir e entreter os seus alunos.
Essa profissão deveria ser motivo de orgulho para todos nós que tivemos vários professores que nos ajudaram a criar nossa bagagem cultural, a nos transformar nos seres humanos que somos hoje. Não valorizamos o professor como deveria. O professor nos leva a viajar por caminhos inimagináveis. Quantos não são os alunos que nunca visitaram este ou aquele lugar, mas através dos livros foi conduzido por caminhos jamais visitados, mas que a sua imaginação o transformou em algo real para si mesmos?
Nada mais prazeroso do que você ver os olhos brilharem de alegria quando alguém aprende algo. Quando o professor enxerga em seus alunos alegria no aprendizado de uma simples matéria ele já se sente pleno e realizado por ter passado a lição de aprendizado a pelo menos um aluno.
Professores são todos nós que aprendemos e ensinamos diariamente uns aos outros a viver com classe, mas professor de profissão requer dedicação integral dentro e fora dos muros escolares, requer estado de alerta, requer amor a profissão, requer pura e inteira dedicação.
Ele nos mostra que tudo fica mais fácil quando estudamos , basta que nos dediquemos, tenhamos cuidado e zelo pelo nosso futuro que tudo será grandioso... Ele ainda nos mostra a importância de nos dedicarmos inteiramente por uma profissão que nos leve a sermos realizados, felizes e plenos na vida.
O professor dedicado nos inspira a sermos felizes, nos coloca de frente a nós mesmos e se esforça para que busquemos um caminho que nos satisfaça como seres humanos que somos, seres pensantes e que nos orientemos por nós mesmos.
Professores são todas as pessoas que ensinam umas as outras suas vivências e experiências de vida. Quando um aluno aprende, o professor sente-se realizado por ter plantado uma semente de conhecimento e essa semente deu frutos saborosos.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
SOMOS POLITIZADOS? (KIKA MENDONÇA)
Resposta ao email de Canadenses propagado por internautas Brasileiros sobre mentiras relacionadas a nossa candidata Brasileira Dilma. Acorda Brasil!!!
Antes que qualquer um de vocês falem de qualquer candidato, pergunte a si mesmos, eu sou politizado?
Se nunca se importaram em ler o estatuto dos partidos brasileiros, conhecer suas ideologias e que tipo de Brasil eles querem dar ao povo brasileiro, não há moral no que vocês propagam.
Passar corrente falando mal desse ou daquele candidato, é meramente um serviço de massa, que no jargão político é massa de manobra, ou seja, é boi levado ao matadouro.
Porque digo isso, porque me canso em ver atirarem pedra sem serem genuinamente brasileiros, pois vocês são apenas povo, e povo não sabe o que diz, não sabe argumentar porque são vazios de conteúdo político, são omissos por ignorância, essa ignorância nasce da falta de participação na vida pública, da falta de educação para a política.
Povo é isso, vive recorrendo a terceiros para justificar o comportamento de seu país, não se pergunta qual a contribuição quer dar para o seu país mudar.
Eu respondo, vocês não dão nenhuma contribuição, porque não sabem a ordem econômica que rege o Brasil, tão pouco vislumbram algum futuro, porque quem muda o Brasil são seus cidadãos, engajados na luta contínua para isso, e não esses incautos que precisam da imprensa marrom para respaldar sua omissão.
Faz-se avaliação política é visitando suas ruas, suas periferias, participando das sessões da Câmara e do Senado, e não sentado no teatro, ou cinema, mandando e-mails, achando que está construindo um bom candidato, ou um país melhor.
Vocês são a verdadeira vergonha do Brasil, pois analfabeto não é o de letras, mas sim, o de política como vocês, então que tipo de reforma vocês querem?
Querem uma revolução em tudo, se vocês não participam nem com o voto consciente?
Vocês lêem Plantão quando lhes convém, mas quando convém ler Russeau, não é com vocês, então leia a Marilena Chauí, tirem suas ignorâncias, leiam alguém, mas encontre resposta para argumentar o tipo de Estado que vocês buscam: comunismo é Marx, absolutismo é Tomas Hobbes, Estado forte e rico é Jonh Lock, Estado mínimo e fortalecimento dos países ricos é PSDB, Estado forte com inclusão gradual é PT e alianças, então aproveitem a leitura.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
PEDAGOGIA DO OLHAR (RUBEM ALVES)
Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador diz: “Veja!” - e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo Ele fica mais rico interiormente... Se expande.
E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria que é a razão pela qual vivemos.
Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.
A primeira tarefa da educação é ensinar a ver...
É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo...
Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.
A educação se divide em duas partes: Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades...
Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.
Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver.
Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento:... A capacidade de se assombrar diante do banal.
Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não vêem.
Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci. Mas nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore...
Parece que, naquele tempo, as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam.
As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.
Aprendemos palavras para melhorar os olhos. As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem... O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.
Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo, e o mundo aparece refletido dentro da gente.
São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida.
Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança jamais será sábio.
Ama a simplicidade
Ama a ociosidade criativa
Ama a vida, a beleza e a poesia
Ama as coisas que dão alegria
Ama a natureza e a reverência pela vida
Ama os mistérios
Ama a educação como fonte de esperança e transformação
Ama todas as pessoas, mas tem um carinho muito especial pelos alunos e professores
Ama Deus, mas tem sérios problemas com o que as pessoas pensam e/ou dizem a Seu respeito
Ama as crianças e os filósofos – ambos têm algo em comum: fazer perguntas
Ama, ama, ama, ama...
As crianças não têm idéias religiosas, mas têm experiências místicas. Experiência mística não é ver seres de um outro mundo. É ver este mundo iluminado pela beleza.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
ROTEIRO (CHICO XAVIER / EMMANUEL)
No corpo humano, temos na Terra o mais sublime dos santuários e uma das supermaravilhas da obra divina.
A bênção de um corpo, ainda que mutilado ou disforme, na Terra, é como preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior de todos os dons que o nosso planeta pode oferecer.
O corpo é para o homem santuário real de manifestação, obra-prima do trabalho seletivo de todos os reinos em que a vida planetária subdivide.
Os aleijões de nascença e as moléstias indefiníveis constituem transitórios resultados dos prejuízos que, individualmente, causamos à corrente harmoniosa da evolução.
A energia mental é o fermento vivo que improvisa, altera, constringe, alarga, assimila, desassimila, integra, pulveriza ou recompõe a matéria em todas as dimensões.
Por isso mesmo, somos o que decidimos, possuímos o que desejamos, estamos onde preferimos e encontramos a vitória, a derrota ou a estagnação, conforme imaginamos.
Os acontecimentos obedecem às nossas intenções e provocações manifestas ou ocultas. Encontraremos o que merecemos, porque merecemos o que buscamos.
A existência, pois, para nós, em qualquer parte, será invariavelmente segundo pensamos.
A mente é manancial vivo de energias criadoras. O pensamento é substância, coisa mensurável.
Encarnados e desencarnados povoam o planeta, na condição de habitantes dum imenso palácio de vários andares, em posições diversas, produzindo pensamentos múltiplos que se combinam, que se repelem ou que se neutralizam.
O idealismo operante, a fé construtiva, o sonho que age, são pilares de todas as realizações.
Quem mais pensa, dando corpo ao que idealiza, mas apto se faz à recepção das correntes mentais invisíveis, nas obras do bem ou do mal.
O Homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental em grande proporção.
Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.
Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.
Nossa inspiração está filiada ao conjunto dos que sentem como nós, tanto quanto a fonte está comandada pela nascente.
Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental.
Precisamos compreender – repetimos – que os nossos pensamentos são forças, imagens, coisas e criações visíveis e tangíveis no campo espiritual.
Atraímos companheiros e recursos, de conformidade com a natureza de nossas idéias, aspirações, invocações e apelos.
Estejamos, assim, convictos de que os nossos companheiros na Terra ou no Além são aqueles que escolhemos com as nossas solicitações interiores, mesmo porque, segundo antigo ensinamento evangélico, “teremos nosso tesouro onde colocarmos o coração”.
Frases extraídas da obra: Emmanuel (Espírito). Roteiro, [ditada] pelo espírito de Emmanuel, psicografada por Francisco Cândido Xavier. Rio de Janeiro: FEB, 1952.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
O SORRISO (TÂNIA POLON)
O que temos a falar sobre o sorriso? É uma demonstração direta da alegria, por que não dizer? É uma exteriorização dos nossos mais arraigados sentimentos. Quando sorrimos, externamos nossa felicidade e convidamos às pessoas a caminharem conosco neste sentimento.
Se pensarmos que com um simples sorriso somos capazes de promover várias mudanças no nosso dia a dia e das pessoas, sorriríamos muito mais. Quantos dissabores já não foram evitados através de um simples sorriso? Quantos problemas já não foram superados pelo convívio com pessoas de alto astral? Quando alguém te perguntar algo constrangedor, não fique constrangido, simplesmente sorria!
Temos vários estágios do sorriso: o sorriso tímido que encanta a quem o recebe; o sorriso extrovertido que descongestiona as veias e as artérias de quem o dá e de quem o recebe; o sorriso solto que nos leva a percorrer momentos de grandes alegrias, e temos também, a gargalhada que é capaz de provocar um clima de muita descontração, sendo o estágio mais caloroso e acolhedor do sorriso, pois atinge a muitos expectadores.
Imagine-se numa festa sem a presença do sorriso... que festa chata! Com certeza 99% dos participantes iriam embora e deixariam os anfitriões curtindo a maior decepção pelo insucesso. Tudo pela falta de sorrisos. Nada como você ser recebido por alguém com um encantador sorriso nos lábios, você se sente tão à vontade como se estivesse em sua própria festa.
Quantos músculos não serão utilizados para mostrarmos nosso lado insatisfeito e rabugento? Com certeza muito menos para demonstrarmos todo carisma, brilho, carinho, amizade, amor e felicidade através da leveza que o sorriso representa. Portanto, vamos SORRIR para que possamos começar a construir um mundo melhor e com muita paz, amor, fraternidade, companheirismo e acima de tudo FELICIDADE PELA DESCOBERTA DA VERDADEIRA AMIZADE.
SORRISO: É o espelho de nossa alma, e com esse gesto tão simples e eficaz propiciaremos nosso equilíbrio interno e de outras pessoas. Quando sorrimos, externamos o quanto estamos felizes conosco e com a nossa vida...
terça-feira, 7 de setembro de 2010
DAS VANTAGENS DE SER BOBO (CLARICE LISPECTOR)
O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."
Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.
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