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quarta-feira, 30 de novembro de 2011
COMO O TEMPO (VICENTE PEREIRA)
O céu estava encoberto
As nuvens corriam para sul
Como era negra aquela tarde.
Talvez por eu estar com saudade
Ou o próprio coração encoberto
Lágrimas corriam nestas faces tristes
Pensando sempre num amor incerto.
Mas quanto tempo passou
Desde que ela me deixou,
Seria somente eu a sofrer
Ou o céu compreenderia o que se passou
Não, só ela o deve saber
Mas nem assim ela voltou.
Quanto tempo terei de esperar
Para que ela saiba esquecer
Uma insignificante palavra que escapou
Ou simplesmente não soube amar
Este que tanto a amou.
Talvez pense que eu a trai
Ou não vê que o meu coração
A chama para aqui
Transbordando de amor e paixão.
É bom recordar o seu rosto moreno
Os cabelos negros como a tarde
Que me abandonou num andar sereno
Estive para correr e a abraçar
Mas fiquei sem poder andar.
Enquanto a sua bela imagem
Fugia do meu olhar
Os cabelos voando na aragem
Que o tempo fizera soprar.
Ainda hoje sinto o escuro do céu
O vento como a chorar
O sol, a alegria, tudo desapareceu
Mas eu a continuo a amar.
Um dia se ela voltar
Todo eu serei alegria
Vou-a apertar nos meus braços
E afirmo que até nesse dia
O sol brilhará nos espaços,
Se chover será de simpatia
As nuvens dançando a compasso
Compreendem a minha alegria.
Mas nada disto se está a passar
Enquanto a chamo para o meu lado
Enquanto sofro este esperar
Enquanto ela não esquece o passado.
EU A CONTINUAREI AMAR.
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